quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Doce era...

...aquele encanto, tão falso
tão assustador de tanto amor
Era amor, mas não era de verdade
Era só costume na realidade

Intimidade não existia
Amigos tornaram-se, por lealdade
E insistia no que nem se quer queria,
Era costume, vivência, naturalidade
Café sem açúcar, arreviria

Encontros inesperados
Telefonemas e magia
Olhares salgados, abraços e afagos
Se não falasse choraria

Angústia de um amor
Brinquedos quebrados, garrafas vazias
Só porque lembrou daquele beijo curador
Lembrava daquele amor, que outro amor trazia

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Morenaça

Do nada ela quis, mas nem sabe o que!
Então ...
Se olhou no espelho, com baton vermelho e tinta no cabelo,
ela retoca a maquiagem e sai, vai atrás de festa,
acha que é o que resta, e sabe que é capaz.
Blusa curtinha, calça coladinha, mostrando suas silhuetas ela vai,
cabelos cacheados, todo bagunçado, ela quer dançar.
Rebola sua cintura no andar, todos param para reparar.
Mas não está nem aí... Ela só quer se distrair, chega em um bar,
se põe a sentar, e espera o seu Drink chegar...
Quando chega aquele homem, todo elegante,
com pinta de sedutor e começa a falar:
"Olá! Mas que bela mulher, o que faz sozinha em um bar?"
Ela o olha, mas seu Drink chega na hora, e ela diz :
"Olá, belo rapaz, só quero beber um Drink, onde eu estiver tanto faz,
só quero festar sozinha".
Aquele 1,80 leva toda sua elegância para longe dali.
E o barmen olha preocupado, todo aquele sorriso largado
no rosto daquela mulher.
Ela se levanta em tamanha estravagância e se retira do bar...
E agora? Para aonde é que ela vai ?